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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Retorno hoje do Recife. Cinco dias sem praia, pois o Posto da Panela, bairro de classe média alta onde fiquei, é bem longe de Boa Viagem. Percorri de carro a cidade e vi uma sucessão de paisagens de um local que não é mais completamente desconhecido . Nasci aqui e pisei na sua superfície. Mas não mergulhei na Boa Viagem, com seus arrecifes que separam os banhistas dos tubarões, em um mar tingido por raios de sol com vários tons de verde. Não sai nas noites do Recife antigo, quando saí, pouco tempo fiquei observando pessoas nunca vistas nem sequer de relance, com seus sotaques pitorescos. É o preço por sair só na cidade natal desconhecida. Os nãos, por sua vez, param por aqui e dão lugar à Olinda dos bonecos, de casinhas coloridas, e da vista deslumbrante para Recife; ao famoso Guanhamun comido à mão, ao Capibaribe e o seu encontro com o Beberibe, à gentileza e ao carinho de prima Sarita e Rosário, a quem devo as minhas andanças pela cidade; enfim, à finalmente poder estar em Recife, cidade que carrego por toda minha vida em meu documento de identidade, mas só agora pude sentir seu calor, ouvir sua voz, comer de sua comida, olhar em seu rosto e dizer que nasci aqui.

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